segunda-feira, 7 de março de 2011

A árvore


O momento da leitura é sempre muito expectante. Recebemos a mãe do Miguel Ângelo que trazia um livro cujo título ainda era desconhecido para todos.
Antes da leitura há questões que se levantam: o nome da mãe presente, a escolha do local onde sentar a mãe, o que pode ficar mais próximo para ver as imagens primeiro que os colegas…
Acalmados os ânimos, a mãe e o Miguel Ângelo deram inicio à leitura do livro - A Árvore que dava olhos – mostrando que ambos traziam a lição muito bem estudada de casa.
Uma leitura que falava de uma árvore, uma simples árvore que vivia no fundo de um quintal, mas tinha os olhos bem abertos e com eles assim, esta árvore sentiu as cores, as mudanças, os perfumes ao longo das estações do ano, a utilidade que podia ter ( navio, abrigo para os pássaros, aeroporto de borboletas, autoestrada, pista para lagartos fazerem uma corrida…) era somente uma árvore igual a tantas, com raízes no coração da terra e ramos que faziam cócegas nas nuvens.
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A árvore no fundo do quintal imaginava que um dia podia oferecer flores das que enfeitam os catos no deserto, um outro dia encher-se de mal-me-queres, ou nenúfares, vestir-se de maçãs com tamanhos de cerejas, dar uvas, amêndoas, embelezar-se com cenouras, pêssegos...

A árvore tinha vontade de deixar cair todas as folhas,encher-se de cores como se fosse pintada a lápis de cera.

Um dia a árvore pensou crescer e ser farol para os gatos, pois eles são viajantes e nos cruzamentos devem de precisar de espreitar o caminho.
Mas quando cansada de garras de gatos trocava-as por asas e penas, uma bela assoalhada com vista sobre a paisagem ou o quintal onde a passarada possa viver.

Por que raio há-de uma árvore sentir?
Uma árvore tem que ficar a ver o dia passar,a noite, um novo dia, uma noite...

A árvore era apenas uma no fundo do quintal, mas nem todas as árvores são iguais, esta tinha os olhos bem abertos e com eles assim esta árvore podia ir longe.

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