segunda-feira, 18 de março de 2013

Atividades final de trimestre

Trabalho coletivo feito em pano cru

A última semana do 2º trimestre coincidiu com a semana da leitura. Todas as atividades tiveram como objetivo continuar a desenvolver o gosto pela leitura. A 1ªa obra escolhida foi O Segredo do Rio de Miguel Sousa Tavares. Preparamos a leitura conhecendo vida e obra do autor, ilustradora, capa, contracapa, lombada e a divisão da obra em diferentes partes, orientando assim a leitura na companhia dos encarregados de educação que foram convidados a vir ler. Estruturamos o nosso trabalho no quadro.


Preparação para a leitura da obra e ilustração da mesma.

Presença dos encarregados de educação a lerem com os seus educandos.
 
O Segredo do Rio
Era uma vez um rapaz que habitava numa casa no campo, perto de um ribeiro. A casa era pequena, branca com uma chaminé muito alta, que durante o inverno estava sempre a deitar fumo. À volta da casa havia um pomar com árvores de fruto de várias espécies.
O local que o rapaz preferia era o ribeiro, um braço do rio que passava próximo da aldeia.
As pessoas bebiam e cozinhavam com a água do rio. Pescavam no rio que tinha uma água  transparente e ótima. Ninguém sujava, nem deitava lixo e outras coisas para o rio.

Nesse braço do ribeiro o rapaz aprendeu a nadar e era lá que passava todos os dias de verão. Nas noites quentes de verão, vinha sentir a brisa fresca que vinha do ribeiro, deitado de costas na areia grossa. Deitado observava as estrelas, pois a mãe, contou-lhe que cada estrela do céu era uma pessoa boa que tinha morrido.
Uma tarde de verão, o rapaz estava a fazer na pequena praia de areia, construções com pedras e ramos de árvores, e, subitamente, ouviu um estrondo e viu um enorme peixe vermelho a saltar. Ao mergulhar dentro de água salpicou-o até onde o rapaz estava.
 

O rapaz ficou assustado, nem se mexia, estava quieto de tanto medo, pois nunca tinha visto um peixe tão grande e a falar com uma voz como a dos humanos. Era uma carpa.



 
O peixe contou-lhe que tinha vivido num aquário de um rapaz, como ele, que lhe dava muita comida e cresceu muito. Como conversava muito com ele aprendeu a comunicar. O dono teve de o atirar ao rio e ele foi subindo e descendo até encontrar a casa perfeita para viver.
 
Chegou o verão!

O rapaz ficou surpreendido e preocupado porque não podia tomar banho, o verão ainda não tinha chegado, mas os dois tornaram-se grandes amigos e aprenderam a brincar juntos.
Com a licença da mãe para tomar banho no rio, o rapaz agarrava-se à cauda do peixe e este levava-o até ao fundo do rio, jogavam à bola, mergulhavam dentro de água…

 
Terminou o verão, veio o outono e esta estação não trouxe sinais de chuva. O verão continuou e os alimentos começaram a escassear. Os pais do rapaz estavam muito preocupados.
Uma noite, o rapaz ouviu a mãe a acalmar o pai. A mãe contava que tinha visto uma carpa muito grande no ribeiro e se a pescassem teriam comida para muito tempo.
O rapaz ficou preocupadíssimo e sem saber o que fazer. Se contasse ao peixe e ele fugisse ficava sem o seu amigo e sem comida. Se o pai pescasse o peixe, não teria coragem de comer o seu melhor amigo.
 
 
Muito preocupado, o rapaz foi contar ao seu grande amigo. A chorar o rapaz despediu-se do seu grande amigo. A carpa prometeu visitá-lo no verão. O rapaz entristeceu.
Passaram duas semanas.
A noite chegou e com ela trouxe a Lua Cheia. O menino olhou para o ribeiro e viu um remoinho na água. Alguma coisa lhe disse que era a sua amiga carpa. Rapidamente chegou ao ribeiro, encontrou-se com o peixe e ele disse-lhe que tinha conseguido arranjar comida no porão de um barco encalhado. O peixe contou-lhe os dias que demorou a arrastar a comida, com a ajuda das raposas e de outros peixes. 
 
O rapaz batia palmas de contente e prometeu à carpa que ia contar tudo aos pais.
Contar tudo não podia ser, somente sobre a comida. Todas as outras coisas (o falar, as brincadeiras, nadar juntos…) seria um segredo dos dois. Ninguém podia descobrir o segredo dos dois amigos. No dia seguinte, o rapaz contou aos pais e estes nem queriam acreditar. Cortaram a rede e arrumaram latas de comida, de atum, de sardinhas, de carne, de tomate, de fruta, de legumes….
A comida era tanta que chegaria para todo o inverno.

Quando tudo ficou arrumado, os pais, tão felizes concordaram em deixar ficar lá o peixe a viver pois ele mostrou-lhes ser um bom amigo. Concordaram que um peixe não falava, mas também podia ser amigo das pessoas, como são os cães, os gatos….

Acabado o almoço, o pai foi fazer uma placa de madeira onde escreveu, “Proibido  pescar  neste  local” e colocou-a na margem do rio.
No dia seguinte, o rapaz também fez uma placa onde escreveu,” este rio tem um segredo e esse segredo é só meu”.


 

 

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